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A relevância da AMC na visão do atual presidente

Em conversa franca com o Dr. Jorge Luiz dos Santos, um pouco do seu pensamento em relação à entidade

Foto: Cesar Pilatti

Cascavel é polo de saúde quando se fala em medicina. Em sua opinião, a participação/ atuação da AMC auxiliou de que maneira nesse processo?
Sem dúvidas Cascavel é uma cidade nova, pujante e rica. Também é muito rica na área agrícola. E na área da saúde hoje Cascavel é, sem dúvidas, referência para o Brasil. Poucas regiões no país tem a estrutura médica que Cascavel oferece. E a AMC com certeza cumpriu o seu papel, tanto que hoje estamos completando 50 anos de fundação. Os médicos fundadores foram pessoas de visão, pois pensavam na importância da área da saúde, vislumbrando o potencial que a cidade viria a ter no futuro. Isso se tornou um catalizador para toda a região. Concomitantemente com o futuro promissor da cidade, vieram também as escolas de ensino, aja visto que temos uma universidade e um centro universitário, além de todos os cursos que são oferecidos aqui. Tudo isso alavancou o desenvolvimento econômico e cultural de nossa cidade.

Dentre as muitas bandeiras já levantadas pela AMC nesses 50 anos, o que mais pode ser feito ao seu ver?
Vivemos em um mundo evolutivo, tecnicamente falando. E teremos, nas próximas décadas, transformações nunca vistas em todos os setores e a área médica não vai ficar de fora. Então, devemos estar atentos para os sinais do tempo. E nesse ponto, a congregação dos médicos entorno da sua entidade é muito importante. E mais do que isso: que toda essa tecnologia venha para uma maior qualidade de vida da população.

Qual é o sentimento de estar a frente da AMC nesse momento único dos 50 anos da entidade?
Quis o destino que estivéssemos a frente da entidade nessa data tão importante. Estamos desenvolvendo um trabalho sério com toda a diretoria de fortalecimento da instituição. Estamos num crescente fértil, trazendo a representativade que uma entidade como a nossa merece. Porém vejo que é somente através da união e da adesão dos médicos à sua entidade que poderemos vislumbrar um futuro promissor. Meu sentimento é de gratidão.

Cinco décadas se passaram depois daquela reunião de fundação AMC. Qual é sua homenagem àqueles pioneiros da medicina que deram início à entidade?
Estamos aqui justamente pela iniciativa deles, pela contribuição deles. Justamente em épocas difíceis como eram naquele período de desbravar a região. São pessoas das quais guardo respeito e estima, bem como também de seus sucessores. Porém aquele que inicia tem sempre o mérito maior, portanto os parabéns aos nossos fundadores.

Algo mudou em relação ao foco de atuação da AMC desde a constituição até hoje? Como a entidade se mantém atualizada para atender ao público (primeiramente a classe médica e também aos cidadãos que são pacientes, usuários do sistema médico da cidade)?
Como disse anteriormente, a transformação acontece não só na saúde, mas nas pessoas como um todo. E isso trouxe algumas consequências também. Nós que fazemos parte da velha guarda temos um pensamento mais agregador, voltado ao próximo. Mais voltada ao todo do que ao indivíduo. Hoje observamos mais uma individualidade coletiva. Diante disso, fica cada vez mais difícil se pensar em associações. Então cabe justamente a nós, médicos mais velhos, estimular os mais novos sobre a importância de caminharmos juntos buscando um objetivo comum para toda a sociedade. Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos. Vamos pensar em um país melhor e em um mundo melhor também.

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